O Município da Figueira da Foz, a Associação de Coletividades do Concelho da
Figueira da Foz (ACCFF) e Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura,
Recreio e Desporto, associaram-se para celebrar o Dia Nacional das Coletividades,
numa cerimónia que se realizou na passada sexta-feira, 31 de maio, pelas 19h00,
na Assembleia Figueirense, e que marcou também o início de um ciclo de
conferências destinado a “assinalar o forte contributo que o movimento associativo
deu à conquista da Democracia em Portugal”.
A conferência inaugural teve como tema a “Relação de cooperação entre o poder
autárquico e o poder associativo”. A próxima realizar-se-á no Porto, a 15 de junho,
e terceira e última em Lisboa, a 13 de julho.
O presidente da autarquia, Carlos Monteiro, considerou que “existe uma
preocupação em apoiar, nunca querendo ocupar o espaço do associativismo”, fez
ainda nota que com a colaboração que a Associação das Coletividades do concelho
da Figueira da Foz tem mantido com a Câmara Municipal para resolver problemas,
referindo nomeadamente que através dessa parceria foi possível minorar a
questão da ausência de ensino de acordeão para o folclore, referindo que “o
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acordeão é um instrumento de grande importância para a nossa etnografia, e como
tal, de maior relevância na cultura Portuguesa”, frisando a preocupação na
preservação das tradições e na manutenção da matriz identitária do país.
António Rafael, presidente da ACCFF, reconheceu o apoio dado às coletividades do
concelho e salientou que a associação que dirige “já é uma referência nacional na
promoção da atividade associativa, contando com 18 anos dados à causa
associativa”.
O ponto alto das comemorações foi a entrega, a dirigentes e ativistas associativos
que se destacaram pela sua atividade em prol da comunidade, de quatro distinções.
Foram homenageados com o Prémio de Valor e Mérito Associativo, Eduardo
Manuel Abreu Moço, do Grupo Recreativo Quiaense, Angelino Mendes Esteves
Pardal da : Sociedade Instrução e Recreio de Lares, Francisco Lopes de Carvalho,
presidente de Câmara de Penalva do Castelo e Carlos Monteiro, Presidente da
Câmara da Figueira da Foz, que agradeceu a distinção e salientou que a
colaboração com as coletividades do concelho “não seria possível sem a dedicação
de todos os colaboradores da Câmara Municipal da Figueira da Foz
No final da sessão intervieram o vereador Miguel Pereira, que salientou, a
disponibilização dos serviços de dois juristas às associações do concelho, para
regularizarem o seu registo de beneficiário efetivo dos dirigentes associativos, e
também os apoios financeiros à atividade regular, ao fomento à formação musical
(Escolas de música e Bandas Filarmónicas), ao desenvolvimento de ensino do
instrumento acordeão (Ranchos folclóricos e etnográficos e Grupos de cantares
através de protocolo com a ACCFF ), à formação de dirigentes e colaboradores das
coletividades e ainda a solidariedade e esforço do Município no apoio financeiro às
associações/coletividades no âmbito dos danos causados pelo furacão Leslie.
O Presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura Recreio e
Desporto, Augusto Flor, foi o último a intervir, perspetivando os principais desafios
que se colocam ao movimento associativo, apelando a um trabalho colaborativo
entre gerações e entidades públicas e privadas.
Deixou ainda um “reconhecimento e homenagem à Câmara Municipal da Figueira
da Foz por tudo o que tem feito em parceria com a Associação de Coletividades e
principalmente por proporcionar esta celebração”.
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Foi depois aberto espaço para debate com perguntas e respostas dadas pelos
oradores da conferência.
O encerramento das celebrações contou com a participação de acordeonistas
oriundos do movimento associativo do concelho figueirense e a atuação de João
Palma, campeão Mundial de Acordeão 2018.
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