Foz ao Minuto

19 de outubro de 2018

"Os jovens que Ataíde não quis na Piscina-Mar" - Crónica de Carlos Miguel Vitória

Foto ilustrativa do voluntariado na Figueira da Foz de Bonae Spei (Facebook)



“Os jovens que Ataíde não quis na Piscina-Mar!” 

Crónica de Carlos Miguel Vitória


Num concelho de costas voltadas para os jovens, foram estes que ao longo dos últimos dias se têm mobilizado de forma voluntária para ajudar a limpar o rasto de destruição que nos assolou. Isto revela que apesar de o município ter desistido deles estes recusam-se a cruzar os braços e nada fazer. Nos últimos anos temos assistido a uma política de juventude inexistente. Os jovens não podem prosseguir os seus estudos superiores por cá, como a geração anterior. Não têm oportunidades de emprego sustentável para iniciar a sua vida independente. Não têm condições para formar família e fazer esta crescer. E muito mais se podia enumerar de políticas de juventude inexistentes. 


A Figueira é um concelho cada vez mais deserto de jovens. Estes quando saem raramente voltam. Comparada com outros concelhos a Figueira não é atrativa para regressar. É urgente reverter o caminho que seguimos. A figueira está a envelhecer aceleradamente e, infelizmente, o que nos espera no fim da velhice é a morte! A figueira está a morrer! A única salvação é o rejuvenescimento, e enquanto este não acontecer o futuro é a morte. No entanto, os jovens, deram uma bofetada de luva branca no Município. Eles amam a sua terra, não querem desistir dela! Quando esta precisa estes estão lá. É pena que o contrário já não se verifique. 

O facto de não terem aulas não os fez ficar por casa. Organizaram-se de uma forma imediata em vários grupos informais, sem hierarquias complexas ou cadeias de comendo, a opinião de todos era partilhada com todos. Souberam identificar prioridades e adequaram as ações aos meios disponíveis. Mostraram as melhores qualidades desta geração. Não houve clubismos ou cores partidárias, eram todos iguais. O que os moveu foi uma causa, são uma geração de causas! O importante era fazer o que era possível, e arranjar maneira de fazer o impossível. 

Os mais novos com ações mais próximas, mas nem sempre menos leves, e os mais velhos, e com capacidade de mobilidade, nas freguesias mais distantes. Mesmo quem trabalha, após cumprir as suas funções laborais, sai para a rua e segue noite dentro a fazer o que pode. Prescindem de momentos de lazer e descanso, da companhia das suas famílias e vão ajudar quem precisa, quem na maioria dos casos não conhece, e que os encontra nas ruas e apenas pede ajuda. 


Estes foram os jovens que João Ataíde, numa reunião de Câmara de Maio, mandou ir para a praia ou talvez para a piscina do parque de campismo, recusando fazer um preço especial de acesso para jovens à Piscina-Mar! 



Carlos Miguel Vitória




Esta e todas as crónicas escritas neste espaço são da inteira responsabilidade dos seus autores.

2 comentários:

  1. Exagero de artigo. Discurso de politiquice

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  2. Têm que tornar estas notícias ainda mais públicas, sempre baseadas em factos, para envergonhar quem deve ser envergonhado.

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