Teve lugar, ao final da manhã desta terça-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a cerimónia de assinatura do Contrato de Comodato entre o Município da Figueira da Foz e a Sociedade Agricola da Quinta de Foja S.A., para a realização de Obras de Reabilitação e Conservação da Capela de Santa Eulália/Olaia.
A Sociedade Agrícola da Quinta de Foja S.A. fez-se representar pelos administradores Albano José de Saldanha Ferreira Pinto Basto, Bruno Carlos Pinto Basto Bobone e Manuel Pinto Basto de Novaes e Ataíde. O contrato, vigente por 25 anos e renovável por igual período, estabelece a cedência dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo e também da Capela de Santa Olaia ao Município, que se compromete a efetuar, no prazo de 5 anos, obras de reabilitação e conservação da Capela. Incumbe também ao Município a regular manutenção e limpeza dos terrenos envolventes à Capela e a possibilidade de estabelecer percursos para visita, assim como a realização de trabalhos arqueológicos.
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, agradeceu a disponibilidade dos administradores da Quinta de Foja para permitirem a valorização de um “espaço icónico“, 9 hectares “de grande importância em termos turísticos, arqueológicos e de conhecimento“ que, “na realidade é de todos nós“.
“Hoje com este contrato podemos, entre fundos da Câmara e Fundos Comunitários iniciar a recuperação“ de um espaço que tem “a maior importância“, referiu o autarca que salientou a relevância histórica do Monte de Santa Eulália e de Ferrestelo, talvez o “povoado fenício mais importante a norte da costa Atlântica“.
Carlos Monteiro não deixou de referenciar a importância da Quinta de Foja, “a maior propriedade a norte do rio Mondego“, “em que temos o arroz carolino com origem demarcada, tão importante para nós“ e a árvore mais antiga do concelho, um plátano de grande porte. Bruno Bobone, administrador da Sociedade da Quinta de Foja S.A manifestou-se orgulhoso de estar presente na cerimónia, “um momento de grande importância“, quer para a autarquia quer para a Quinta de Foja, “uma instituição de referência que ao longo dos anos tem partilhado com a Câmara muitos momentos interessantes, muitas oportunidades de contribuir para o desenvolvimento desta terra“.
O administrador salientou a importância da Capela de Santa Eulália que, apesar de não ter acompanhado os 10 séculos de história da Quinta de Foja, é “ um local de cultura, que merece ser trabalhado, que merece ser tratado e que merece ser visitado“. O mesmo considerou a reabilitação e recuperação da Capela como um “grande projeto“ e mostrou-se confiante de que finalmente se possa “ transformar a Capela de Santa Eulália num marco, numa referência cultural da zona da Figueira da Foz“ e que exista “ cada vez mais a capacidade de informação sobre aquilo que lá se passou, sobre a história que lá se viveu, mas ao mesmo tempo partilhá-la com todos.“
Enfatizando o facto de a Quinta de Foja não ser “uma instituição virada nem ao turismo nem à cultura“, Bruno Bobone frisou que este foi o momento de entregar a Capela e os Montes “a quem melhor do que nós“ pode aproveitar para investir, melhorar e tornar o espaço mais “atrativo, mais interessante e mais procurado“, e também torná-lo público, com acesso mais facilitado, “para que as pessoas possam de facto aproveitar toda aquela história“.
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