Foi aprovada, por unanimidade, na reunião de câmara da passada segunda-feira, a Estratégia Local de Habitação do Concelho da Figueira da Foz
(ELHFF), após ter estado em consulta pública entre 17 de julho e 25 de agosto de
2020 que, segundo o presidente da autarquia, "pretende resolver não só o
problema da habitação social, mas também a habitação para jovens, para a classe
média e para pessoas que pretendam vir para cá trabalhar".
A ELHFF “foi desenvolvida a partir das especificidades da procura e das c arências
identificadas pelo Município” e definida para “um horizonte temporal de 10 anos
(2020-2030)”.
Para o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos
Monteiro, a ELHFF integra mesmo "tudo aquilo que se pretende para a habitação".
A estratégia pretende "promover a oferta de soluções habitacionais adequadas e
atrativas para os diversos níveis de rendimento, composição e estilos de vida dos
agregados familiares, incluindo aqueles que têm necessidades especiais e que
requerem integração coerente de respostas e políticas setoriais”, contribuir, pois,
para a qualificação do concelho e de reforço da sua competitividade, coesão social
e territorial do concelho. Para tal será necessária uma “mobilização extraordinária
de recursos do Município, do Estado e da rede social do Concelho.”
Enquanto “instrumento programático de caráter estratégico e de âmbito
municipal” a ELHFF está articulada com os “programas e políticas do Governo e
com os demais instrumentos de gestão territorial ou especiais com incidência na
habitação ou na reabilitação urbana."
A respeito da ELHFF, a vice-presidente Ana Carvalho referiu tratar-se de um
”chapéu” para a implementação de diversos regulamentos [Arrendamento 1º Teto,
Arrendamento Bonificado, Arrendamento Seguro e Arrendamento I&D], que
carece ainda da implementação de regras e de ser operacionalizado.
Por sua vez, a vereadora da Ação Social, Diana Rodrigues, salientou que o
Município da Figueira da Foz “integra os 17 primeiros concelhos, a nível nacional a
aprovar este documento, que se destaca pelo exaustivo levantamento das
carências habitacionais em todo o concelho e pela definição de um conjunto de
programas municipais que concorrem para a resposta aos desafios que se colocam
a este nível, numa ampla e desejável ligação com outras dimensões, como a ação
social, o emprego, as acessibilidades, a atração e fixação de população,
contemplando programas e regulamentos destinados a situações do foro mais
social e regulamentos como o de Inovação e Desenvolvimento (I&D), que promove
o empreendedorismo e o desenvolvimento.“
Referindo-se à política de habitação social, Diana Rodrigues advogou que “deve ser
vista como uma resposta transitória“ e que “o desejável é que se promova uma
progressiva autonomização dos agregados no acesso à habitação“.
1 Comentários
Na prática nada acontece e a especulação vai tomando conta do país. Facto que se compreende pois os responsáveis deste país, seja a nível nacional ou local, são quem mais beneficia com a especulação pois muitos deles têm prédios e apartamentos no mercado.
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