Os deputados do CDS João Gonçalves Pereira, Telmo Correia, Ana Rita Bessa, Cecília Meireles e João Pinho de Almeida querem que o Governo tome as diligências necessárias à modernização e requalificação da linha do Oeste no troço entre Caldas da Rainha e Coimbra/Figueira da Foz.
São já várias as resoluções da Assembleia da República (AR) que, nos últimos anos, recomendam ao Governo a requalificação da Linha do Oeste.
Como exemplo a Resolução da Assembleia da República n.º 235/2017, de 20 de setembro de 2017, que teve na base, entre outros, o Projeto de Resolução 878/XIII, do CDS-PP, e que recomenda ao Governo, entre outros, que: «1- Promova a revisão do Plano de Investimentos Ferroviários 2016 -2020, com o objetivo de incluir o projeto de requalificação e de modernização integral da Linha do Oeste, no plano de investimentos prioritários da Infraestruturas de Portugal, S. A. (IP, S. A.), constituindo esta linha como uma alternativa eficaz à utilização de veículo automóvel para a acessibilidade ao litoral Oeste, permitindo-lhe cumprir a sua vocação estruturante e estratégica para o país e a região, mesmo que tal seja assegurado através da sua repartição por duas fases de investimentos: […] b) Numa segunda fase, desde Caldas da Rainha até Louriçal/Bifurcação de Lares, até 2020, permitindo a ligação ao ramal de Alfarelos e, depois, à linha do Norte, até Coimbra B. […] 3- O projeto de investimento, de modernização e de requalificação da linha do Oeste permita, no final da sua realização, a criação de uma alternativa ferroviária de qualidade para a acessibilidade ao litoral Oeste, a circulação de comboios rápidos de passageiros, intercidades e um transporte regular diversificado entre todos os concelhos, bem como a circulação de composições ferroviárias de mercadorias ao longo de toda a linha.»
«Em 2019, através do Projeto de Resolução 2169/XIII, o CDS-PP recomendava ao Governo que iniciasse todas as diligências para dar início às obras de modernização da Linha do Oeste de forma a garantir que as mesmas se iniciassem ainda nesse ano. A Linha Ferroviária do Oeste (Linha do Oeste) é um troço ferroviário que liga a estação de Agualva-Cacém, na Linha de Sintra, à estação de Figueira da Foz, percorrendo grande parte da costa litoral portuguesa, atravessando zonas bastante populosas e de atividades agrícola e industrial significantes. Sendo esta uma região de dinâmica económica forte e considerando a importância da mobilidade para trabalhadores e mercadorias, faz todo o sentido que se proceda à requalificação e modernização integral da Linha do Oeste. De acordo com o portal da Infraestruturas de Portugal S. A. (IP), o projeto de modernização da Linha do Oeste que está a ser desenvolvido no âmbito do programa Ferrovia 2020, será executado de forma faseada no terreno dividido em duas empreitadas» informa o CDS atavés de nota de imprensa.
«A primeira corresponde à eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, e a segunda à intervenção no troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. A empreitada para a modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras foi adjudicada em março de 2020, e em outubro foi publicado em Diário da República o concurso para a requalificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha. Resta assim o troço entre Caldas da Rainha e Coimbra/Figueira da Foz, ausente deste plano de requalificação, sendo que em Coimbra B é assegurada a ligação à Linha do Norte. Este “esquecimento”, para lá de prejudicial para os utentes da Linha do Oeste, foi já alvo de várias moções e iniciativas, de municípios, de CIMs, de partidos políticos – quer a nível local e regional, quer com assento na Assembleia da República – e de cidadãos, sempre reclamando ao Governo, à CP – Comboios de Portugal E.P.E. (CP) e à IP a renovação urgente deste itinerário complementar da ferrovia nacional. A modernização da Linha do Oeste, com a utilização de material circulante de tração elétrica, a otimização do traçado e a instalação da sinalização e telecomunicações ferroviárias em todo o seu percurso, além de um melhor serviço quer às populações quer à económica regional, contribuiria não só para o aumento da segurança e da fiabilidade na linha, mas também para uma redução considerável do tempo de percurso ao longo de todo a sua extensão, e ainda para uma significativa redução dos custos energéticos, emissões de dióxido de carbono e níveis de ruído» acrescenta ainda o CDS, na já referida nota.
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