O Município da Figueira da Foz encontra-se a promover, no auditório municipal, em parceria com o Instituto de Arqueologia
da Universidade de Coimbra (U.C.), e no âmbito das comemorações do 125.º
aniversário do Museu Municipal Santos Rocha, o Colóquio «Santos Rocha,
Arqueologia e Territórios da Figueira da Foz», que pretende reflectir sobre a acção
do fundador e patrono do espaço museológico, nas realidades arqueológicas e nos
territórios da Figueira da Foz, desde as origens até à época industrial.
A sessão de abertura foi realizada por Carlos Monteiro, presidente da Câmara
Municipal da Figueira da Foz, e pela Professora Helena Catarino, Directora do Instituto de Arqueologia da U.C.
O autarca aludiu aos 125 anos do Museu Municipal, à ação de Santos Rocha, «um
Homem à frente do seu tempo, cuja necessidade ímpar de conhecer e compreender
a nossa origem, a nossa evolução, o impeliu a empreender trabalhos de
investigação arqueológica».
Dirigindo-se aos muitos estudantes presentes, Carlos Monteiro, salientou que estas
iniciativas incitam os cidadãos, «principalmente os jovens, a conhecer a Figueira,
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os seus territórios e as gentes que o habitaram ao longo de milhares de anos e
incontáveis gerações» e que, tal como Santos Rocha, que era formado em direito e
apaixonado por arqueologia, todos nós podemos ter sucesso em áreas divergentes
da nossa área de formação.
O edil agradeceu às inúmeras entidades e particulares que colaboraram com o
Museu Municipal para a realização do colóquio e concretização das exposições a
inaugurar, uma das quais relacionada com o Cabo Mondego, “espaço demasiado
importante para não ser visitado e estudado”.
O edil avançou que realizou
recentemente uma reunião com a Agência Portuguesa do Ambiente, no sentido de
viabilizar a abertura de um acesso pedonal e ciclável ao local.
Já Helena Catarino abordou vários aspetos da vida do Arqueológo Santos Rocha, o
qual «esteve em pé de igualdade com o que de melhor se fazia na arqueologia em
Portugal».
Santos Rocha «legou um considerável acervo de espólios diversificados que
abrangem períodos que vão da Pré-História à época moderna e contemporânea»,
frisou Helena Catarino, que manifestou o desejo de se manter a relação do “Museu
de Santos Rocha com o Instituto de Arqueologia», até porque o Museu «sempre
teve as portas abertas aos docentes e alunos da U.C.)», realçou.
A sessão de abertura terminou com a apresentação do orador convidado, o
Professor Doutor Gonzalo Ruiz Zapatero, professor da Universidade Complutense
de Madrid e Presidente da Sociedade Espanhola de História da Arqueologia, «uma
referência na sua especialidade e figura incontornável da arqueologia, do ensino»,
não só na vizinha Espanha, mas também em Portugal, onde é os seus textos são
leitura obrigatória nos cursos de Arqueologia.
Encontram-se inscritos no colóquio, cerca de 250 participantes, na maioria
estudantes e docentes.
A excursão científica, a realizar no sábado, a Santa Olaia, ao
Dólmen das Carniçosas e ao Cabo Mondego encontra-se esgotada, estando prevista
uma segunda visita, a realizar dia 30 de novembro, para os interessados que
ficaram em lista de espera.
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