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Fotografia de Paulo Fernandes |
Por Paulo Fernandes
Bis de Bernardo Matos vale um ponto nas Caldas da Rainha
Bis de Bernardo Matos vale um ponto nas Caldas da Rainha
Crónica:
Esteve uma tarde bastante soalheira de inverno, agradável e com uma assistência bem
composta no campo municipal da Boneca nas Caldas da Rainha para albergar um dos jogos
mais esperados desta 4.ª jornada da série C do campeonato nacional de Juvenis fase de
manutenção/descida, opondo duas equipas que disputam os lugares cimeiros desta
competição.
Entrou melhor o Caldas que logo no primeiro minuto num canto cedido pela Naval do lado
esquerdo atacante, conseguiram colocar a bola na linha da pequena área e Gonçalo Barreiras
aparece no meio da defesa Navalista e de alguns colegas de equipa a cabecear para a
inauguração do marcador, apesar dos protestos Navalistas de bloqueio sobre o seu guarda
redes. Passados 10 minutos os rapazes da Figueira demonstraram que nada estava perdido,
Pedro Lucas recebe uma bola na zona da marcação de penalties a passe de Tomás Costa e
assiste Bernardo Matos que entrando pelo lado direito do ataque Navalista concretizou com
um excelente remate cruzado indefensável o empate. O jogo disputava-se a bom ritmo e as
linhas médias de ambas as equipas aumentaram ainda mais o ritmo do jogo e aos 26´o Caldas
criou perigo na área Navalista com um bom passe de desmarcação de Miguel Pereira para
António Brito, mas, este bem posicionado na hora do remate não conseguiu dar a força
suficiente á bola para entrar na baliza dos Figueirenses. Na resposta os Navalistas numa boa
jogada coletiva conduziram a bola até á área do Caldas, ganharam um canto do lado esquerdo
do seu ataque, Pedro Caldeira marcou o canto bem para a zona central da baliza adversária, o
guarda redes tenta a interceção nas alturas e coloca sem querer com um desvio a bola na
cabeça de Bernardo Matos, que com precisão deu o ângulo necessário para a sua introdução
na baliza dos rapazes do Caldas, aumentando assim a contenda para os visitantes. Os
Navalistas estavam confiantes e passados poucos minutos aos 33´ Pedro Lucas isolou Pedro
Caldeira e este no frente a frente com o guarda redes viu Luka Felix desviar no momento certo
para fora da baliza.
A primeira parte estava terminada com o resultado favorável aos visitantes de 1-2, as equipas
recolheram aos balneários para os ajustes táticos necessários, o merecido descanso e
deixando antever uma boa segunda parte de todos os intervenientes, mas uma das equipas
não colaborou… lá chegaremos.
Entrou melhor a Naval, aos 46´num cruzamento pelo lado direito de Tomás Costa para Pedro
Lucas que de cabeça deu a melhor direcção á bola possível, mas viu Luka Felix negar o golo. Na
resposta aos 47´ Martim Magalhães isolou-se á defesa Navalista e com um bom remate á
entrada da área viu o poste devolver a bola. Aos 51´os rapazes da Figueira num bom passe de
desmarcação Rodrigo Raquete isolou Pedro Caldeira pelo lado esquerdo do ataque Navalista e
mais uma vez no frente a frente com o Guarda Redes do Caldas este levou a melhor. Aos
63´um dos casos do jogo numa bola “bombeada” pelos rapazes da casa para a área Navalista o
guardião disputa a bola no ar com um avançado conquistando a bola no ar e o juiz da partida
assinala grande penalidade por carga e cartão amarelo para o guardião Vítor Guardado, apesar
dos protestos dos visitantes. António Brito na marca de grande penalidade não vacilou e repôs
o resultado na igualdade. O jogo estava vivo e as equipas dispostas a dar o tudo por tudo no
tempo que restava, aos 66´num livre duvidoso assinalado á entrada da área Bernardo Veludo
fez a bola passar a centímetros da trave Navalista. Pouco depois (68´) novo episódio caricato,
bola novamente bombeada pelos rapazes das Caldas da Rainha para a entrada da pequena
área Navalista, nova disputa aérea do guardião Navalista com um atacante da casa, novamente
agarra a bola, nova grande penalidade assinalada por carga sobre o atacante, novo cartão
amarelo a Vítor Guardado e respetiva expulsão, novos protestos justificados pela equipa da
Figueira e expulsão do treinador Miguel Afonso. Com a expulsão do guardião entrou para o seu
lugar Henrique Fernandes para defender a baliza dos Figueirenses na grande penalidade e nos
minutos restantes, sacrificando por substituição de João Lavos que tinha estado imperial nas
manobras defensivas Navalistas, mas já com cartão amarelo mostrado pelo trio Lisboeta aos
67´. Do lado do Caldas a responsabilidade recaia sobre Miguel Pereira que iria tentar o golo de
grande penalidade que poderia dar os 3 pontos aos da casa, assim não aconteceu, pois o
remate da grande penalidade saiu forte mas por cima da baliza dos Navalistas.
O jogo continuou, mas já com algum cansaço nas pernas e as cabeças dos intervenientes a não
conseguirem aplicar a técnica individual e coletiva da forma mais correta, com o trio de
arbitragem a tomar decisões controversas umas atrás das outras para espanto da assistência
que ainda viu aplicar de forma inexplicável (77´) um segundo cartão amarelo a Tomás Costa da
Naval, a respetiva expulsão do encontro, a Naval terminou o jogo com 9 jogadores e no tempo
restante do encontro (foram dados 6´complementares) a Naval ainda atentou por duas vezes
(Pedro Lucas e José Bento) a baliza do Caldas mas sem conseguir atingir o objetivo.
Boa entrega das equipas numa excelente tarde de futebol juvenil e moldura humana presente
para apoio, com exceção do trio de arbitragem da AF Lisboa que nitidamente estragou o
espetáculo com as más decisões e atitudes tomadas, com claro prejuízo para os Navalistas que
na próxima jornada recebem assim na sua casa o Elvas CAD.
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