O candidato à Presidência da República nas últimas eleições Paulo Morais e o fundador da Associação Internacional de Direito do Consumo, Mário Frota, participaram a noite passada, pelas 21h30, num debate realizado na Figueira da Foz, cujo tema foi “O risco de corrupção na Concentração de Poder nas autarquias”.

O evento realizou-se na Universidade Sénior da Figueira da Foz, e foi organizado pela Frente Cívica, liderada por Paulo Morais, tendo como moderador o figueirense Rui Torres.

Para este debate o auditório teve lotação esgotada e o público fez bastantes intervenções (numa segunda parte do debate destinada precisamente à intervenção do público), mostrando assim um sentido cívico e fraterno debatendo-se várias questões sobre temas polémicos e bastante actuais.

Mário Frota relembrou que «a água da Figueira da Foz já foi a água mais cara do território nacional, e que no passado chegou-se a cobrar de forma avultada, cotas de disponibilidade (outro nome dado a consumos mínimos), quando a lei dos consumos públicos essenciais proibia a cobrança dos consumos mínimos».

Paulo Morais por seu turno começou por falar sobre as funções do poder local «uma das maiores fontes de corrupção em Portugal, deveria gerir e tratar do espaço público, e trata de tudo menos isso» afirmou o ex-candidato a Presidente da República. «As Câmaras organizam-se para dar emprego aos apaniguados do partido e arranjar negócios para os financiadores das campanhas. Criando-se assim um ciclo vicioso».

Para Paulo Morais a área onde mais se faz sentir a corrupção é no urbanismo, «que normalmente passa despercebida à maioria dos cidadãos que não andam atentos».Indo ainda mais longe afirmou que a corrupção no urbanismo «é o grande cancro da democracia portuguesa, por vezes algumas pessoas conseguem transformar terrenos que valem tostões em terrenos que valem milhões através de alvarás de loteamento ou de licenças».


Se quiser ouvir os discursos de Mário Frota e Paulo Morais abra o seguinte vídeo.




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