O projeto Eurovelo 1 - Rota da Costa Atlântica deu ontem, quarta-feira, mais
um passo em direção à sua concretização, após ter sido assinado o auto de
consignação da empreitada de execução, numa cerimónia que decorreu
na Lagoa da Vela.
A forte valorização turística e a coesão territorial foram dois dos aspetos mais
evidenciados pelos intervenientes presentes, uma vez que o percurso se
estende ao longo da Costa Atlântica entre o limite sul do concelho da Figueira
da Foz e o limite norte do concelho de Mira, através de 83 quilómetros.
Nas palavras do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos
Monteiro, trata-se de um projeto que conta com "espaços marcantes e que é
único, inovador, nacional e internacional", visando contribuir para a mobilidade
suave, para a mobilidade inteligente e ainda para uma "forte componente
turística", tendo em conta que o projeto pertence à Rede Europeia de Ciclovias
e que acompanha toda a costa do território litoral da Comunidade
Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC).
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, mostrou-se "grata por todo o
trabalho que tem sido desenvolvido neste e noutros projetos" da CIM e
enalteceu "a força motriz" que tem sido feita pelos territórios e pelos
municípios, tendo motivado as entidades a que continuem a apresentar
projetos que "contribuem para a valorização dos recursos mais endógenos”.
Relativamente à procura turística, a secretária de Estado afirmou que o
pretendido é superar a receita do ano de 2019 e que o que se pretende atingir
é "o melhor turista, o que se preocupa com a sustentabilidade, ambiental,
social, que deixa uma pegada zero e deixa apenas memórias".
Por sua vez, o secretário-executivo da CIM, Jorge Brito, a quem coube
apresentar o projeto, revelou que este é o "momento de arranque daquela que
tem sido uma caminhada longa e administrativa do troço mais emblemático da
Eurovelo 1" e acrescentou ainda que a "reconexão entre municípios" é,
automaticamente um convite a que todos "explorem o ativo que vai haver no
território", bem como a que explorem modos de vida mais saudáveis.
O presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul de Almeida salientou o facto
deste projeto permitir a recuperação de "muitas vias e muitos espaços já
existentes que de outra forma, talvez não se conseguissem recuperar" e
encarou o facto como uma mais valia acrescentada, tendo em conta que o
traçado vai aproveitar as estradas florestais e vias cicláveis já existentes, como
troços em piso compactado e em piso pavimentado.
Já o vice-presidente da CIM, José Brito, destacou a forma como a CIM tem
conseguido estar "unida com os autarcas para um espírito de partilha e
solidariedade" e os bons projetos que têm sucedido dessa boa relação,
concretizando projetos "cada vez mais abrangentes".
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