Polo de formação profissional do Instituto de Emprego e Formação é um projeto estratégico para o concelho

 



Decorreu ao início da manhã da passada sexta-feira, 16 de julho, no «Sítio das Artes», a cerimónia simbólica de inauguração do polo de formação profissional do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), que integrou o programa da “Semana aberta ViaJovem”, promovida pelo IEFP. Marcaram presença o Delegado Regional do IEFP, Alberto Costa, a Diretora do Centro de Emprego da Figueira da Foz, Adelaide Crespo, o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, autarcas da Figueira da Foz e de Montemor-o-Velho, representantes de estabelecimentos de ensino do concelho, de empresas e demais parceiros do IEFP. Adelaide Crespo referiu que para já, no «Sítio das Artes», irá ser desenvolvida alguma formação “ainda que numa utilização parcial”, até que o edifício “permita que o polo de formação do Serviço de Coimbra e do Serviço de Emprego da Figueira da Foz aqui se instalem”. 

O presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro, salientou que “faz todo o sentido termos esta formação profissional para jovens, menos jovens, para figueirenses, para portugueses, para quem escolher o nosso país”. Para o autarca este polo de formação é um “projeto estratégico”, que abarca todas as necessidades e todos os vetores de desenvolvimento que o executivo tem para o concelho, “numa perspetiva integrada do país.” Carlos Monteiro enfatizou que o Município alocou, no seu último orçamento, 14 milhões de euros (20 por cento) à educação / formação, uma área “estratégica e fundamental”, pois é “ importante qualificar jovens, adultos, aumentar a qualidade do trabalho, ter trabalho mais qualificado, mais bem remunerado”. O autarca referiu, que de acordo com os dados de 2019 [os últimos de que dispomos] “a Figueira é o concelho com maior tecido empresarial da região” e que as “empresas do concelho faturaram 3 mil milhões de euros e deram emprego a 13800 pessoas”. “Faz parte da nossa estratégia fixar pessoas e por isso estamos a alargar a Zona Industrial”, para termos “mais empresas”, mais emprego, contudo “precisamos de recursos humanos”, referiu Carlos Monteiro, que salientou ainda que a autarquia tem uma estratégia para esta zona [Sítio das Artes e áreas circundantes]”, que passa pela regeneração, pela requalificação. 

A esse propósito, o autarca fez menção ao protocolo com o Hospital Distrital da Figueira a Foz para transformar a antiga Casa da Mãe num espaço de cuidados paliativos, que irá ser votado na reunião de câmara da próxima segunda-feira. Aludindo ao Plano de Recuperação e Resiliência, Carlos Monteiro enfatizou o facto de vir a existir “dinheiro para alterar estruturalmente o nosso país, o nosso concelho,” contudo lembrou a necessidade de os investimentos terem de estar executados em 2026. Nesse sentido comprometeu-se a fazer tudo o que for possível para que o projeto do polo de formação profissional seja aprovado” e para que “a obra se inicie” e seja paga pelos fundos comunitários, “que têm como principal função alterar, modernizar a estrutura do país e os recursos do país.” 


O Delegado Regional do IEFP, Alberto Costa, agradeceu ao Município da Figueira da Foz “toda a disponibilidade ao longo deste tempo de articulação e de cooperação”, sempre com o “bem-estar das pessoas ao nível económico, ao nível profissional e social” como objetivo. “Há algum tempo que pensávamos ter algo mais digno para oferecer às pessoas destes territórios [Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Mira e Soure]”, salientou Alberto Costa, que considera que “as autarquias, de uma forma geral, há já muito tempo que têm uma especial sensibilidade para os problemas do emprego e da formação profissional, pois sabem que hoje em dia estão especialmente relacionadas com as questões da atração de investimento.” Aquele responsável considera que a “formação espartilhada por muitos locais não é o melhor nem para a formação nem para a qualificação, nem para o desígnio do emprego e da formação profissional”, e manifestou-se crente que “investir e desenvolver a formação na Figueira”, será bom para a comunidade, para as pessoas que procuram emprego e, particularmente para as empresas e para os seus empresários. Aludindo à problemática do desemprego, Alberto Costa mencionou que os jovens são os mais atingidos, com uma taxa acima da média da população global e que “olhar para o futuro tem de ser olhar para os jovens,”. Recordamos que Contrato de Comodato para cedência «Sítio das Artes», pelo período de cinquenta anos, para instalação futura de um polo de Formação Profissional, foi assinado a 24 de fevereiro de 2020.

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