Candidatura “Pedro Machado – Figueira do Futuro” debateu o futuro do TURISMO na Figueira da Foz




"TURISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO” foi o mote da quarta conferência dinamizada pela candidatura “Pedro Machado - Figueira do Futuro” à Câmara Municipal da Figueira da Foz, que reuniu diversas figuras nacionais e locais na Assembleia Figueirense. 


Nesta conferência, Pedro Machado elencou quatro conjuntos de medidas que considera essenciais no que respeita à retoma económica do nosso concelho: programa de recuperação dirigido às micro e pequenas empresas do concelho; a aposta no mercado interno; a aposta no mercado internacional e o desenvolvimento de um turismo que seja sustentável e diferenciador. “Eu diria que, até pelo menos julho de 2022, terá de existir um programa efetivo e musculado de recuperação das nossas micro e pequenas empresas. 

Este é para mim um ponto chave que uma política municipal não pode deixar de fazer”, afirmou o candidato à autarquia local. “Parte da almofada que tivemos em junho, julho e agosto de 2020 foi do mercado interno. O Centro de Portugal, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística de março, foi o primeiro destino nacional da procura dos portugueses e queremos continuar a ocupar o primeiro lugar do pódio da procura nacional”, exemplificou Pedro Machado, sublinhando a importância de termos “esta almofada, esta alavanca que permita nos 9, 8 ou 7 meses que estão fora do ponto alto da procura turística, muito alavancada pela sazonalidade, termos procura turística”. Essa procura “é feita com congressos, concertos, exposições, mas é preciso ir à procura”. “Hoje, um gestor político local tem de perceber que há uma dimensão de pasta na mão, como havia há uns anos atrás, que tem de voltar a ser feita”, frisou. 


Quanto aos mercados internacionais, Pedro Machado lembrou os 8 milhões de consumidores que estão identificados no corredor territorial Figueira da Foz – Leiria – Castelo Branco – Cáceres, que integra o triângulo Cáceres – Placência – Valladolid – Guarda – Viseu – Coimbra – Figueira da Foz. “É um desafio colocarmos no Verão de 2022, na Páscoa de 2022, 15 a 20 mil espanhóis que podem e devem recomendar o verão de 2022, o setembro de 2022 e, na Páscoa de 2023 termos, provavelmente, um universo de procura e um fluxo turístico que será depois compensado e somado com aquilo que são as nossas relações e ligações com sub-regiões aqui bem perto de nós”, definiu Pedro Machado, lançando ainda algumas questões. “Porque é que não há uma ligação direta entre a Figueira e Fátima, que recebe 60 mil coreanos por ano? Porque é que não há uma relação entre a Figueira e Fátima, que recebe 1 milhão de dormidas por ano? Porque não há capacidade. E não podem dizer que é a Turismo Centro de Portugal (TCP) que não faz o seu papel. Porque a TCP tem 100 municípios, que articula de forma estratégica, e consegue o seu reconhecimento nacional e internacional. 

A TCP não pode é substituir-se ao papel das câmaras municipais”, destacou o candidato à Câmara Municipal da Figueira da Foz. O quarto ponto destacado pelo candidato, passa por um “turismo que seja sustentável e diferenciador”. “Isto faz-se com novos produtos.  Vamos reposicionar-nos com o Cabo Mondego, com o ecoturismo, com o sal, com a gastronomia. Nós queremos ser a Cidade Criativa [UNESCO] da Gastronomia em 2023. Porque não podemos ter esta ambição? E porque não podemos juntar à Cidade Criativa da Gastronomia em 2023 o Gliding Barnacles, a cultura, os espetáculos, e tudo aquilo que está na cadeia de valor do que é uma verdadeira ambição para este município que se quer reposicionar?”, questionou. 

Numa visão nacional, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) destacou que os meses de janeiro e fevereiro de 2021 estão igualados aos mesmos meses do ano de 1974.  “Regredimos quase cinquenta anos”, observou Francisco Calheiros, defendendo a urgência na aplicação de medidas concretas, por parte do Governo, medidas estas que “são para ontem”. A importância do turismo para o desenvolvimento económico foi também defendida pelo presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT). “Nem todo o território é turístico. 

A Figueira da Foz tem inúmeras valências turísticas, mas o grande desafio para este concelho passa por transformar essas valências em oferta turística”, disse Pedro Costa Ferreira. Para o responsável da APAVT “é urgente que a Figueira passe a integrar um maior número de redes colaborativas, do ponto de vista da estruturação do produto, que permita que a Figueira em vez de ser o centro de coisa nenhuma passe a ser uma parte de coisa alguma”. 

Porque o desenvolvimento económico faz-se também de eventos, o “senhor NOS ALIVE”, Álvaro Covões, defendeu que “o que a Figueira precisa é de um líder como o Pedro Machado, de uma pessoa que faça planeamento, que faça e execute um projeto” assente em “conteúdos que acrescentem valor às pessoas”. Paralelamente a estas “necessidades”, o presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz acrescenta que a Figueira precisa de pessoas. “A grande questão passa pela baixa demografia. 

Precisamos de mais pessoas a residir na nossa cidade”, defendeu Nuno Lopes, que adicionou ainda outros pontos estruturantes. “Precisamos de um pavilhão com capacidade para realização de eventos, tais como congressos, e precisamos de ter uma oferta de ensino superior”, elencou o responsável pela ACIFF.

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