Município promove levantamento ao património azulejar do concelho



O Município da Figueira da Foz encontra-se a desenvolver, desde 2008, um trabalho exaustivo de inventário do património azulejar de todo o concelho. O primeiro inventário teve como foco o património azulejar Arte Nova, tendo sido identificados cerca de 250 registos. 


O mesmo ficará disponível a todos e será publicado numa edição em fascículos temáticos, estando previsto que o primeiro seja dedicado aos Registos, normalmente painéis de azulejo, de pequena dimensão, regra geral hagiográficos, representando os santos de maior devoção ou com o qual se partilha o nome, ou ainda com outras representações figurativas ou simbólicas, colocados nas fachadas, como forma de proteção, devoção ou com outra simbologia mais individual e que fazem parte de uma identidade local muito forte. Atualmente os elementos técnicos da Equipa do Património Cultural encontram-se a efetuar, no terreno, o levantamento de todos os exemplares azulejares considerados com valor patrimonial que se encontram in situ. Está a ser efetuado o reconhecimento e o registo fotográfico do património azulejar que se encontra em revestimentos integrais ou pontuais de fachadas, em apontamentos decorativos, muros , fontes ou fontanários ou alminhas, em registos hagiográficos, figurativos, publicitários ou toponímicos, entre outros. Nesta fase encontra-se já concluída a identificação e recolha fotográfica do património azulejar de valor patrimonial da freguesia de Quiaios e da freguesia de São Pedro. Concluída está também a identificação deste património na vila de Buarcos, encontrando-se as equipas a efetuar a recolha na zona urbana da Figueira da Foz e nas freguesias de Tavarede e de Lavos. Este trabalho será disponibilizado ao público através do inventário vertido na base de dados do património cultural do município, uma ferramenta essencial para efeitos de catalogação e pesquisa, quer para profissionais e estudiosos desta temática, como igualmente para o público em geral. O trabalho de inventário do património azulejar é ferramenta importantíssima para efeitos de registo, proteção e salvaguarda do azulejo, nas suas diversas formas de utilização, e pretende contribuir decisivamente para a valorização, sensibilização e participação de todos em prol de um património comum. Em 2017, a resolução da Assembleia da República n.º 144/2017, de 6 de julho, consagrou o dia 6 de maio como o Dia Nacional do Azulejo. Em agosto foi publicado um diploma (Lei n.º 79/2017 de 18 de agosto) que proíbe a remoção de azulejos ou a demolição de fachadas com azulejos de reconhecido valor patrimonial. O Projeto “SOS Azulejo“, iniciativa do Museu de Polícia Judiciária (MPJ), na dependência do Instituto de Polícia Judiciária e Ciências Criminais (IPJCC), oficialmente criado a 28 de fevereiro de 2007, tem alertado, através das suas campanhas, para o roubo e para o erro da substituição dos originais por réplicas. 


Apesar destas iniciativas, o Município da Figueira da Foz considera que é de extrema relevância que os municípios tenham também um papel ativo na identificação, valorização e salvaguarda deste património. É por isso que se está a efetuar o trabalho de inventariação azulejar do concelho, para o qual se apela à colaboração e cooperação dos municípies.

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