O Centro de Alto Rendimento (CAR) de Montemor-o-Velho recebe, no dia 23 de abril, a
seletiva interna de velocidade. Em causa, está a disputa do apuramento continental e a
definição do representante luso nas vagas em embarcações individuais já obtidas para os
Jogos Olímpicos de Tóquio, inicialmente agendados para 2020 e adiados, entretanto,
para 2021, devido à pandemia de Covid-19.
“Esta seletiva tem objetivos bem definidos, com tempos de referência fixados no Plano de
Alto Rendimento”, explica Ricardo Machado, com o diretor técnico nacional e vice-
presidente da Federação Portuguesa de Canoagem a sublinhar que quem obtiver o
melhor registo (desde que abaixo dos tempos de referência fixados) será apurado para,
nos dias 12 e 13 de maio, em Szeged, na Hungria, lutar pelas vagas europeias ainda por
preencher para as Olimpíadas. “Para esta seletiva foram definidos critérios, com base nos
resultados das épocas anteriores”, transmite.
Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, os quatro canoístas
portugueses do K4 500 metros, já têm lugar garantido em Tóquio. Também o K1 1.000
metros de Fernando Pimenta repete a presença em Jogos Olímpicos, uma vez que, para
a seletiva de 23 de abril, não há atletas inscritos nesta distância. De referir que as vagas
anteriormente mencionadas foram obtidas no Campeonato do Mundo de Velocidade,
disputado em Agosto de 2019, em Szeged, onde o quarteto foi 6.º classificado na final e
Pimenta alcançou a medalha de bronze.
Na Hungria, em 2019, Teresa Portela também garantiu a vaga para Portugal na prova de
K1 200 metros, tendo beneficiado dos resultados da final de K1 500 metros para ser bem
sucedida, uma vez que, em Agosto de 2019, três das cinco primeiras classificadas nos
200 metros também repetiram o top cinco nos 500 metros e a regra diz que libertam a
vaga da distância mais curta.
“Se a Teresa Portela ganhar a seletiva, vai aos Jogos Olímpicos. Se perder, vai disputar a
vaga olímpica do K1 200 metros com quem ganhar a seletiva. Esta disputa vai ter lugar
em Szeged”, explica Ricardo Machado, antes de sublinhar que as restantes provas
incluídas na seletiva interna vão obrigar os canoístas a obterem os tempos de referência,
para, depois, terem a oportunidade de marcar presença, em Szeged, no apuramento
continental.
“Quem for à Hungria, não vai para participar, mas para lutar pelo apuramento”, garante o
diretor técnico nacional, que logo refere que, a nível europeu, ainda estão por apurar
“duas vagas em K1 e C1, uma vaga em K2 e duas vagas em C2” para os Jogos
Olímpicos de Tóquio. “O apuramento é extremamente difícil, porque o número de vagas é
pequeno”, constata Ricardo Machado.
Quanto à seletiva interna do próximo dia 23, em Montemor-o-Velho, que vai envolver 22
canoístas, importa referir que Teresa Portela vai ter a oposição de Joana Vasconcelos,
Francisca Laia, Márcia Aldeias e Maria Aquino Oliveira na prova de K1 200 metros. No
setor masculino, em K1 200 metros, Kevin Santos, Hugo Pinto da Rocha, Artur Pereira e
Iago Bebiano vão tentar obter o tempo de referência para marcar presença em Szeged.
Em K1 500 metros, Joana Vasconcelos também vai à luta.
No CAR de Montemor-o-Velho, João Cunha Pereira e Rúben Boas vão à procura do
tempo em K2 1.000 metros, acontecendo o mesmo com as duplas Francisca Laia/Maria
Rei e Mafalda Germano/Sara Sotero na prova de K2 500 metros.
Nas canoas, Inês Penetra (C1 200 metros) e Hélder Silva (C1 1.000 metros) também
querem ficar abaixo do tempo definido no Plano de Alto Rendimento e terem a
oportunidade de disputar a vaga olímpica em Szeged. Inês Penetra e Beatriz Lamas
também vão competir em C2 500 metros, com as duplas Marco Apura/Bruno Afonso e
Martim Azevedo/Diogo Silva a entrarem na luta pelo tempo na prova de C2 1.000 metros.
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