José Bento Pessoa é, uma lenda viva da qual a Figueira da Foz se
deve continuar a orgulhar. Foi, não só um campeão mundial, mas também o maior
ciclista de velocidade do seu tempo. Ele personifica o retrato completo de uma
época que é marca identitária da Figueira da Foz.
“Quando as notícias das vitórias chegavam à sua terra, o entusiasmo dos
figueirenses expandia-se em manifestações ruidosas e festivas: saíam as
filarmónicas, a fachada do Teatro Príncipe iluminava, havia marchas – uma
loucura. E quando o campeão vinha descansar – meia Figueira ia festejá-lo. Chegou
a ir da estação do Caminho-de-Ferro para casa aos ombros dos mais entusiastas.“
A cidade, que já lhe havia prestado homenagem ao atribuir o seu nome ao Estádio
Municipal, fê-lo agora novamente, ao deixar perpetuada na obra “José Bento
Pessoa – Ciclista, Velocista, Campeão”, da autoria de Carlos Jorge Oliveira, a
história da sua impressionante carreira.
“José Bento Pessoa – Ciclista, Velocista, Campeão” é um livro de banda desenhada,
que, segundo o autor, “narra a vida desportiva do figueirense José Bento Pessoa
(final do séc. XIX e início do séc. XX), essencialmente a sua atividade de ciclista
profissional, sobretudo de velocista (de pista/velódromo), ainda que tenha
participado em algumas provas de estrada (fundo/resistência), contendo também
alguns episódios da sua vida social, económica e particular.“
A vereadora do Desporto, Mafalda Azenha, refere a propósito desta edição
municipal que, “quando nos é confiado um mandato para gerir aquilo que é
público, é imprescindível que tenhamos a consciência que parte integrante dessa
tarefa é a preservação da memória coletiva da comunidade.“
A obra “José Bento Pessoa – Ciclista, Velocista, Campeão” permite, no entender de
Mafalda Azenha, perpetuar essa memória, “no sentido de assegurar que, de
geração em geração, os nomes e factos que fizeram história continuam a fazer
parte dela.“
“O orgulho na nossa cidade adquire-se também pela tomada de consciência
daquilo que é só nosso, tornando aqueles e aquelas que se notabilizaram nas mais
variadas áreas, verdadeiras lendas vivas que temos o dever cívico de eternizar“,
sublinha a vereadora.
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