As coleções internacionais do Museu Municipal Santos Rocha vão ser alvo de
investigação por parte de uma equipa multidisciplinar, já a partir de janeiro de
2021 (com uma duração máxima de 36 meses, no âmbito do projeto TRANSMAT –
Materialidades transnacionais (1850-1930), cuja candidatura foi recentemente
aprovada pela FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) e que teve como
instituição proponente a Universidade de Évora e o Instituto de História
Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa (FCSH) como Unidade de Investigação.
Este estudo, que integra ainda as coleções internacionais do Museu Nacional de
Arqueologia, permitirá conhecer melhor não só os objetos como os seus doadores,
bem como enriquecer as narrativas históricas e a renovação dos recursos teóricos
e pedagógicos de ambas as instituições museológicas.
De recordar que o Museu Municipal da Figueira, inicialmente definido como
arqueológico e etnográfico, integrou desde a sua fundação em 1894, um vasto
conjunto de objetos provenientes de África, Ásia e América do Sul, reservados para
o espaço então denominado Sala de Comparação, muitos dos quais integram
atualmente a exposição permanente de Etnografia.
Para o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro “o
facto de este projeto integrar o Museu Municipal Santos Rocha, não só acentua a
sua importância no panorama museológico nacional, como permitirá um maior
reconhecimento ao nível das suas coleções e das personalidades que, a par de
Santos Rocha, permitiram um enriquecimento contínuo da instituição desde a sua
fundação.”
O edil acredita que este projeto “permitirá ainda uma maior valorização e
visibilidade do Museu Municipal graças aos estudos que irão ser desenvolvidos,
esperando que tal facto permita, em última instância, a atração de novos públicos.”
0 Comentários