A Grande Rota do Mondego (GRM) foi oficialmente apresentada, ao final da manhã
de ontem, dia 21 de outubro, no Salão Nobre dos Paços do Município da Figueira
da Foz, numa sessão que contou com a presença da Secretária de Estado do
Turismo, Rita Marques.
A GRM, com cerca de 142 km, está integrada no projeto “Caminhos da Região de
Coimbra” - uma nova rede de oferta turística e de valorização dos corredores de
património natural da região, dinamizada pela Comunidade Intermunicipal da
Região de Coimbra (CIM.RC)-, e visa dinamizar turisticamente os territórios
compreendidos entre a Figueira da Foz e Oliveira do Hospital, cruzando os
concelhos de Montemor-o-Velho, Coimbra, Penacova, Mortágua e Tábua, tendo o
rio Mondego como denominador comum.
Carlos Monteiro, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e Vice-
Presidente da CIM RC) salientou que a GRM é “mais um passo significativo, para
afirmar a Região de Coimbra como um destino turístico de excelência, fonte de
marcas diferenciadas e uma referência nacional na valorização dos recursos
endógenos.”
O edil enfatizou que projetos como a Grande Rota do Mondego “são resultado de
uma nova abordagem que os poderes públicos têm vindo a dar às suas políticas de
desenvolvimento”, “numa lógica de valorização territorial em todos os seus
aspetos centrais e diferenciadores”.
Para o autarca, que considera que não faltam muitas e boas ideias com potencial de
promoção da coesão do território, é fundamental, nos tempos que vivemos,
“assumidamente difíceis”, concretizar as mesmas “juntos e em tempo útil” com
“empenho, proatividade e criatividade, para reinventar as nossas atividades
económicas e torná-las viáveis a longo prazo”.
“Potenciar a Figueira da Foz e todo o território da Região de Coimbra, inovando,
configurando ou reconfigurando ofertas e dinâmicas territoriais é parte do
caminho para criar atratividade económica e melhorar as condições de vida dos
cidadãos”, referiu ainda o edil.
O Presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado,
considerou que projetos como a GRM são para além de “estruturantes para os
territórios”, um trabalho “de parceria e cooperação estratégica”, de “consolidação
da malha que tem vindo a ser construída no Centro de Portugal”.
Pedro Machado manifestou plena consciência “de que o casamento entre aquilo
que é o território e este produto [GRM] e sobretudo as dinâmicas que forem
conseguidas através deste” é “provavelmente a chave do sucesso, a chave do
futuro”.
O Secretário-executivo da CIM RC, Jorge Brito, a quem coube a apresentação e
enquadramento da GRM, salientou a importância deste projeto de “oferta turística
em espaços naturais”, referindo que o foco foi trabalhar e estruturar a rede de
corredores de áreas protegidas, potenciando-as “como áreas de lazer e usufruto
para o turismo”.
Jorge Brito deu nota que foram realizadas mais de 50 ações de valorização, em
quatro grandes áreas «Mar e zonas dunares», «Rios e zonas húmidas», «Serras de
Coimbra» e «Caminhos de Espiritualidade».
A GRM é “uma rota pedestre e ciclável que materializa o conceito «Da Serra ao
Mar», com uma lógica de continuidade”, referiu ainda.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, asseverou que “temos de
acautelar o presente, mas sobretudo o futuro”. Para a governante a prioridade
passa por «Resistir», «Recuperar/ retomar» e «Reinventar».
Rita Marques acredita que o setor do turismo tem de ser reinventado, com olhos
postos no futuro e através de projetos como a GRM, “aproveitando os recursos
endógenos, o melhor que temos, aproveitando as novas tendências”, o turismo de
Natureza, o turismo Verde, o turismo de Tranquilidade.
“Estes projetos de natureza territorial que resultam de várias vontades, de várias
sinergias, de eficiência coletiva, podem de forma muito viva mostrar o que de
melhor temos” referiu Rita Marque que salientou ainda que Portugal vale a pena e
que “temos todo o receituário para vingar no futuro”.
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