A obra “Manuel Fernandes Tomás. Ensaio Histórico-Biográfico”, da
autoria de José Luís Cardoso, foi ontem, sexta-feira, dia em que
comemorava 249 anos, apresentada na Casa do Paço, na Figueira da
Foz.
Tendo dado início à apresentação, o vereador da cultura, Nuno
Gonçalves referiu cumpre aos poderes públicos, naquele caso concreto,
ao Município da Figueira da Foz, “comemorar o bicentenário da
Revolução Liberal de 1820”, onde Manuel Fernandes Tomás teve um
papel fundamental.
Nuno Gonçalves referiu ainda a intenção da autarquia de estimular o
conhecimento acerca de Manuel Fernandes Tomás nas escolas, de
forma a “educar cidadãos mais completos, com consciência de
cidadania, com competências sociais políticas e com respeito pelos
direitos fundamentais”.
Por sua vez, a representante da Editora Grupo Almedina, Sara Gomes,
ressalvou o sentimento de “papel cumprido” com a reedição do livro,
“uma vez que se trata de uma figura ímpar da nossa história”,
acrescentou.
Já o escritor figueirense António Tavares, a quem coube a apresentação
da obra, referiu que se trata de um livro com um “contributo para a nossa
memória”, acerca de alguém que deixou uma marca física indelével.
António Tavares realçou ainda o mérito do autor José Luís Cardoso,
nesta reedição. “Tem, entre outros, o mérito de não aceitar algumas
evidências, nem ideias. Procura justamente contrariar premissas de
aceitação incondicional, sempre com a sua dúvida de investigador, de
forma a justificar a vénia que se fez e faz a Manuel Fernandes Tomás”.
Por seu turno, o autor José Luís Cardoso, investigador coordenador do
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e sócio efetivo
da Academia das Ciências de Lisboa, com vasta obra publicada
internacionalmente sobre temas de história do pensamento económico
português em perspetiva comparada, agradeceu a todas as pessoas e
entidades que contribuíram para que esta reedição se tivesse tornado
possível, não ignorando a dificuldade de reescrever um livro que foi
escrito há 38 anos.
O autor acrescentou ainda que procura agora justamente “atualizar a
discussão histórica de Manuel Fernandes Tomás” e informou todos os
presentes na apresentação de que, dentro do período um mês, será
lançada uma coletânea dos manuscritos de Manuel Fernandes Tomás.
“Trata-se de algo relativamente desconhecido, que engloba discursos
parlamentares e toda a sua obra política”, afirmou.
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