Este ano, devido ao contexto de pandemia, à imperiosa necessidade de ser mantido
o distanciamento e no estrito cumprimento das orientações da Direção-Geral da
Saúde (DGS), o programa das Festas da Cidade foi ajustado à atual realidade.
Na noite de 23 de junho e na tarde de 24 de junho, o Duo SanPedro garantiu a
animação musical. Fazendo-se deslocar num palco móvel, o Duo percorreu várias
artérias da cidade e da vila de Buarcos, brindando o público com Marchas originais
das Coletividades do concelho que habitualmente participam nas Marchas
Populares e músicas alusivas aos Santos Populares.
O tradicional espetáculo pirotécnico, que durou cerca de seis minutos, foi lançado
em simultâneo em seis praias do concelho - Leirosa, Costa de Lavos, Cova Gala,
Claridade, Buarcos e Quiaios, a uma altitude maior que a habitual (os
rebentamentos mais baixos forma efetuados aos 60 metros e os mais altos a 120
metros), por forma a que pudesse ser visto a maior distância, evitando assim
aglomerações.
Já a sessão solene de entrega de distinções honoríficas, decorreu, como é hábito, no
dia feriado, 24 de junho, no Centro de Artes e Espectáculos, num "contexto tão
peculiar como inaugural", sublinhou o presidente da Câmara, Carlos Monteiro.
O edil, fez-se acompanhar, na mesa de honra, por José Duarte (presidente da
Assembleia Municipal) e José Brito (vice-presidente da CIM-Coimbra). Na plateia,
de uma cerimónia que foi restrita, destaca-se a presença de alguns presidentes de
Junta, dos figueirenses e representantes das entidades distinguidas e da presidente
da CCDR-Centro.
Carlos Monteiro referiu ter sido esta “a fórmula encontrada para estabelecer um
compromisso entre festa e segurança", pois "deixar de comemorar o feriado
municipal, deixar de homenagear alguns dos muitos ilustres figueirenses não foi
uma opção", salientou.
Para o edil foi assim possível manter a comemoração do “Dia maior da Cidade sem
contribuir para a propagação desta pandemia” e “homenagear aqueles que
contribuíram, de diversas maneiras, para engrandecer a nossa cidade, o nosso
concelho”.
Na sua intervenção, Carlos Monteiro falou de vários projetos e metas a atingir até
final do atual mandato autárquico, no âmbito, nomeadamente, do emprego,
património, saúde, ambiente, turismo, comércio, indústria, desporto e habitação.
Alguns dos projetos em curso ou em vias de lançamento resultam de parcerias com
a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) e contam com
financiamento comunitário: a ciclovia Eurovelo e a ciclovia Figueira, Cantanhede,
Mealhada o concurso dos transportes públicos que “tem como objetivo melhorar
a mobilidade na região e no concelho da Figueira da Foz, em particular”; “a
remoção de jacintos do Rio Mondego e a colocação de câmaras de videovigilância
na Serra da Boa Viagem, para prevenção dos incêndios.
Carlos Monteiro sublinhou que “é nosso desígnio reforçar o concelho da Figueira
enquanto destino turístico de qualidade, porque a «Figueira tem tudo em
segurança e todo o ano!» e que pretende um concelho mais verde, razão pela qual
irão ser iniciadas as intervenções no futuro Parque Urbano, com a supervisão do
professor Sidónio Pardal.
Uma grande parte dos projetos e obras do município, a concretizar a curto/ médio
prazo, terão como foco as freguesias. Nesse sentido Carlos Monteiro referenciou
alguns dos projetos considerados estruturantes, em diversas áreas: a candidatura
para alargamento da zona industrial a sul; a melhoria das estruturas de saúde
existentes; a aquisição de uma unidade móvel de saúde, que irá garantir um
serviço descentralizado; a extensão a todas as freguesias do Planos Estratégicos de
Desenvolvimento Estratégicos Urbanos; a valorização dos espaços públicos das
freguesias mais rurais, viabilizado a construção de mais passeios em todo o
concelho; a segunda fase dos planos de requalificação do Cabedelo e de Buarcos,
que irão iniciar-se a curto prazo; a colocação de passadiços na Lagoa da Vela, já em
curso; a requalificação dos passadiços da praia da Murtinheira e Quiaios vão ser
requalificados, assim como da praia da Costa de Lavos; o alargamento a todo o
concelho, em 2021, do sistema de iluminação pública inteligente, caracterizado
pela utilização de luminárias led com telegestão e comunicação com o sistema de
telemetria dos contadores de água; a construção do nó de acesso da A14 à empresa
Verallia para libertar a M600 do trânsito pesado – já com projeto concluído; a
construção da rotunda do Galo D`Ouro e também a ligação ao norte do concelho
pelo «Enforca Cães», que se prevê iniciar este ano.
No que respeita à habitação, o autarca enfatizou que não “terminaremos o
mandato sem definir uma estratégia local de habitação para o concelho. Queremos
promover a oferta de soluções habitacionais adequadas e atrativas para os
diversos níveis de rendimento, composição e estilos de vida dos agregados
familiares, incluindo para aqueles que têm necessidades especiais e que requerem
integração coerente de respostas e políticas sectoriais. Esta medida requer a
mobilização extraordinária de recursos da rede social do concelho, do município e
do Estado”.
Carlos Monteiro mostrou-se consciente de que todo este trabalho “só será possível
com o envolvimento de todos” e que para isso conta “com todos para a melhoria da
qualidade de vida dos figueirenses”.
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