O Freixo de Santo António” é a exposição que irá ficar patente, de forma
permanente, no Jardim Interior do Centro de Artes e Espectáculos, a partir de dia
24 de junho de 2020.
A exposição, composta por quatro peças, que representam outros tantos Santos -
Santo António, São Julião, São João e São Pedro, da autoria do escultor Paulo Neves,
tem como objetivo perpetuar a memória e o simbolismo associado ao Freixo
plantado há 300 anos em frente ao edifício do convento que foi Paços do Concelho
entre 1834-39, e que hoje acolhe o Lar de Santo António, propriedade da
Misericórdia – Obra da Figueira, classificado desde 2009 pelo Instituto de
Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF) como árvore de Interesse Público e
que, por motivos de força maior foi abatido a 14 de novembro de 2019 por motivos
de debilidade e de segurança de pessoas e bens. A difícil decisão foi sustentada em
pareceres e avaliações técnicas e colheu a concordância do Instituto de
conservação da natureza e florestas.
A exposição “O Freixo de Santo António” é o reconhecimento, por parte do
Município, da relevância do Freixo, quer para o espaço onde estava integrado, quer
para a memória coletiva dos figueirenses. O seu abate representou, naturalmente, a
perda de um valor importante da memória e do património local.
O escultor Paulo Neves é natural de Cucujães, Oliveira de Azeméis, onde ainda
mantém os seus ateliers. É um artista que tem na natureza e no local onde vive a
sua principal escola e motivação. Trabalha árvores que sucumbem ao tempo ou às
intempéries preservando a sua lembrança e a sua história.
Um dos pontos fundamentais do trabalho deste artista plástico é a transformação
de troncos em peças de arte de grandes ou menores dimensões.
Com um repertório muito rico e diversificado tem a sua obra artística espalhada
pelo país e pelo mundo, estando representado nos Estados Unidos, França,
Espanha, Brasil, Holanda, Bélgica, Roménia, Austrália, Marrocos e Alemanha.
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