O poeta e artista plástico António Augusto Menano, lançou o seu 15º livro
«Mundandar», na passada sexta-feira, pelas 18h30, na Biblioteca Municipal Pedro
Fernandes Tomás.
A sessão contou com a presença de Nuno Gonçalves, Vereador da Cultura, de
Isabel Garcia, da Editora Minerva e de António Pedro Pita, a quem coube a
apresentação da obra.
Nuno Gonçalves saudou todos os presentes e deixou algumas notas sobre o autor,
um homem que é “mais que uma referência literária, pela riqueza da sua escrita e
pela riqueza do seu pensamento”.
“António Augusto Menano é uma pessoa que sempre se manifestou livre no seu
pensamento e com uma ação cívica muito importante, não só na cidade, mas como
no mundo”, referiu o vereador.
O autarca enfatizou a”inteligibilidade que se pode retirar da escrita, da ação cívica”
e da ação de António Menano enquanto homem, que “preenche e honra muitos
desideratos que na Figueira da Foz tentamos conseguir“, salientou.
Nuno Gonçalves aproveitou o ensejo para referir que para a Câmara Municipal a
literatura e o estímulo à leitura são muito importantes, e para dar enfoque a alguns
projetos municipais nesse âmbito, como as «5as de Leitura», já com uma década de
existência, ou as recentes «Terças com Poesia», e também o trabalho do serviço
educativo da cultura, que “está muito ativo e em ligação estreita com as escolas”.
A tarefa de falar sobre o autor coube a António Pedro Pita, que se referiu a António
Augusto Menano como alguém que “tem um percurso considerável do ponto de
vista cronológico e significativo do ponto de vista poético”.
Já sobre «Mundandar», António Pedro Pita disse ser um livro “novo e esperado,
exclusivamente dedicado, de um modo explícito, à temática das viagens, que surge
como tema “verdadeiramente organizador, estruturante” da obra poética do autor,
na qual também não falta a referência a uma “obsessiva figura feminina” – Maria
do Céu.
A palavra final coube ao autor, que agradeceu a todos pela presença e em especial
à sua editora pela coragem de “editar poesia numa época em que já quase ninguém
lê poesia”.
António Augusto Menano, que viajou bastante ao longo de várias décadas, referiu
que as viagens são uma procura, “do outro, não só o de carne e osso, mas o de
pedra, os cheiros, os sabores, os sons”, e que essa procura dos outros é, na verdade,
a “procura de nós próprios”.
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