"Cartas de M. Teixeira Gomes a João de Barros" foram apresentadas na Figueira da Foz





Foi numa sessão intimista realizada na sala Figueirense da Biblioteca Municipal, na passada quinta-feira, 16 de janeiro, pelas 18h30, que decorreu a apresentação da 2ª edição do livro "Cartas de M. Teixeira Gomes a João de Barros", que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, do neto de João de Barros, António de Barros e do jornalista, investigador e membro da Academia das Ciências, António Valdemar. A edição da obra resulta da vontade dos herdeiros de João de Barros e dos Municípios da Figueira da Foz e Portimão, e tem como objetivo a preservação da importante coletânea da correspondência enviada pelo antigo Presidente da República ao poeta, pedagogo e político, João de Barros. A organização e coordenação das cartas coube à jornalista Manuela Azevedo, também responsável pela publicação de outros títulos da correspondência de João de Barros, como "Cartas a João de Barros" e "Cartas Políticas a João de Barros". O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz agradeceu a António de Barros e a António Valdemar a disponibilidade demonstrada para a iniciativa e engrandeceu a importância do livro apresentado, tendo referido ainda o objetivo do Município de poder valorizar o património referente a João de Barros, na respetiva rua com o seu nome, com "iluminação 24h".

Por sua vez, António Valdemar, a quem coube a apresentação, referiu-se à obra como uma "coleção única" de cartas que detêm o testemunho de duas pessoas que se identificavam, admiravam e partilhavam ideais, fazendo da vida uma "exaltação". O jornalista e investigador não deixou de lembrar a curiosidade de Manuel Teixeira Gomes ter deixado em testamento, no dia de Portugal, dois quadros de arte religiosa, de origem italiana, à Figueira da Foz (ao Museu Municipal Santos Rocha), algo que acredita tratar-se de um "testemunho de reconhecimento a uma terra que sempre o acarinhou". António de Barros, por seu turno, agradeceu às Câmaras da Figueira da Foz e de Portimão pela apresentação da 2ª edição da obra e referiu que existem ainda "dezenas de cartas" do seu avô por publicar, nomeadamente cartas do Brasil, que se encontram a ser reunidas, confirmando assim algo que António Valdemar fez questão de frisar, "João de Barros guardou religiosamente toda a correspondência" e o espólio ainda se encontra em boas mãos.

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