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19 de dezembro de 2017

Entrevista a Carlos Patrão, Secretário da Junta de Freguesia de Quiaios



Entrevista da Semana
por Sofia Margato


Fernanda Lorigo recebeu, pela segunda vez, o voto de confiança dos eleitores


Na sequência das Eleições Autárquicas de 2017 tomou posse a dia 5 de Novembro o novo Executivo da Junta de Freguesia de Quiaios, presidido por Fernanda Lorigo, tendo como vogais Carlos Patrão e Helena Machado, que ocupam as funções de secretário e tesoureiro. Durante este mandato pretendem cumprir com determinação e dedicação o compromisso a que se propuseram: «Viver Quiaios com Paixão», construindo uma freguesia com mais e melhor qualidade de vida.

Antes de ser eleita presidente da Junta de freguesia, Fernanda Lorigo já tinha desempenhado algum cargo autárquico ?

Carlos Patrão – “A Presidente Fernanda Lorigo já esteve no mandato anterior, tal como eu. Para além disso, teve uma passagem pela junta quando fez parte de uma comissão administrativa nas eleições há possivelmente 12 anos, na altura o partido que ganhou as eleições não tinha a maioria, e foi preciso chegar a um acordo com a oposição. Até chegar a um acordo foi nomeada essa comissão, da qual a actual Presidente fez parte. Eu comecei apenas a partir do mandato anterior.”


Tanto no último mandato, como actualmente, qual foi a maior dificuldade que enfrentaram?


Carlos Patrão – “A maior dificuldade é não ser a tempo inteiro, a senhora Presidente para além destas funções é também professora e directora escolar, tem muitos afazeres, o que não lhe permite também estar na junta de freguesia a tempo inteiro. No meu caso, tenho outra disponibilidade visto estar reformado neste momento, daí apoiar-se mais em mim que passo aqui mais tempo. Outra dificuldade foram os problemas com a oposição, foi muito complicado e desgastou-nos também bastante, dado que não concordavam com o que fazíamos muitas das vezes.”

 Fazendo um balanço do último mandato, de um modo geral, o resultado foi satisfatório? Os objectivos principais foram atingidos? 

Carlos Patrão- “Sim, muito positivo, muito trabalhoso, mas positivo. Os objectivos principais foram atingidos, porém, existem coisas que não dependem de nós, dependem da Câmara Municipal, como a estrada entre o Cabo Mondego e a Murtinheira. O que tínhamos possibilidade fizemos, e julgo que fizemos bem”.



Actualmente Quiaios apresenta-se como uma freguesia mais cuidada. A preocupação em cuidar espaços públicos visa também estimular o convívio entre os fregueses?


Carlos Patrão- “Há realmente uma preocupação com a recuperação desses mesmos espaços, até mesmo com o parque de merendas, e o parque de campismo. Esses espaços estão muito mais bonitos e funcionais. No jardim há sempre gente, está aberta uma sala de leitura, onde as convivem, e é sem dúvida realmente isso que se pretende”.

O turismo é um dos pontos fortes da freguesia, e há uma preocupação notória em criar as condições para a afirmação de uma freguesia mais moderna e com vocação turística. Existiu uma diferença significativa em relação aos anos anteriores, após essa mesma modernização?


“ No parque de campismo foram investidos milhares de euros. Na fase inicial, o parque tinha uma receita global de 90.000 euros, e agora tem uma receita que ronda os 140.000 ou 150.000 euros".

Carlos Patrão – “ No parque de campismo foram investidos milhares de euros. Basta dizer que na fase inicial, o parque de campismo tinha uma receita global de 90.000 euros, e agora tem uma receita que ronda os 140.000 ou 150.000 euros. O parque de campismo levou uma modificação muito grande, tem outras estruturas, até mesmo a nível sanitário, foram também remodelados os balneários na praia, com sanitários novos, torneiras, etc. 
Em 2018 vamos ter um grupo de escolas de cerca de 2000 a 3000 pessoas, que vão ficar cerca de uma semana, portanto viram as instalações e querem frequentar durante mais alguns anos, iremos ter também um grupo também de enfermeiros, cerca de 400. 
Nós vivemos do turismo, do parque de campismo, da piscina, e de outras valências, o que é essencial para termos fundos para fazer outras coisas. Este ano foi um ano muito bom, notou-se a presença de mais pessoas”.


Uma das propostas agora apresentadas, é a ligação costeira entre o Cabo Mondego e a Murtinheira, podia falar-nos um pouco mais acerca dessa proposta ou das alterações que estão a ser feitas para a sua concretização?


Carlos Patrão – “Na primeira reunião que tivemos com o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, ocorreu há 4 anos, e falou-se que a primeira grande obra a ser feita seria essa, mas não se concretizou. Aquilo pertence à «Cimpor», e até aqui foi muito complicado chegar a um acordo para disponibilizarem a estrada, mas a situação está a avançar de forma favorável, tudo indica que será uma realidade nos próximos quatro anos. Existe interesse de ambas as partes para que isso se torne possível.”

No que diz respeito à acção social, há uma preocupação em prestar auxílio às famílias mais carenciadas da freguesia. Actualmente existe alguma campanha a decorrer?


Carlos Patrão - “É uma das principais preocupações que sempre tivemos, a assistência social. No último mandato comprámos uma carrinha para transportar idosos, levá-los ao médico por exemplo. Fazemos distribuição de capazes de Natal e também na Páscoa, para cerca de 50 pessoas. A «Verallia» da Fontela fornece-nos uns cabazes, que nós reforçamos com outras coisas, e esse reforço sai do orçamento da junta”.

Tendo por base a experiência adquirida nos últimos anos, o que considera essencial para o desempenho destes cargos com sucesso?


Carlos Patrão – “A base principal é o gosto pela povoação, pela freguesia, como diz a Presidente «Viver Quiaios com paixão» e ter gosto por isto, ter tempo e tentar melhorar o máximo possível aquilo que foi feito, acho que é o essencial”.

A certa altura houve receio por parte dos fregueses que o centro de saúde fechasse. Isso irá realmente acontecer?

"Disseram-nos que não está nos planos do Ministério fechar o centro de Saúde de Quiaios".

Carlos Patrão - “Quando surgiram esses boatos nós fomos informar-nos junto do Ministério da Saúde. Isto surgiu numa altura em que a Doutora Rosa estava muito doente, e o Doutor Lourenço também, e nós tememos realmente isso, sobretudo com a abertura do centro das Alhadas. No entanto, responderam-nos que não estava nos planos do Ministério fechar o centro, caso algum deles deixe de exercer funções será substituído, foi-nos garantido. Claro que os governos mudam e não sabemos o futuro, mas por enquanto não está previsto. É complicado se fecharem, visto que muitas pessoas não se conseguem deslocar, e muitos dos utentes são do lar também”.

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